terça-feira, 29 de julho de 2008

Vida de professor - Dia 1


Vocês devem ter percebido que eu andei sumido do blog por alguns dias e o motivo é muito bom. Fui convidado para ministrar aulas no projeto Identidade Própria, do Consórcio Social da Juventude, administrado pela Ecofran, uma entidade ligada a Universidade de Franca – UNIFRAN, que tem como objetivo qualificar jovens de 16 a 24 anos que nunca trabalharam e precisam do primeiro emprego.

Em primeiro lugar gostaria de agradecer três pessoas muito importantes, responsáveis diretos pela minha inclusão neste projeto. Em primeiro lugar o meu amigo Carlos Gatti que me indicou ao Prof. Fábio Pacheco, em segundo lugar ao próprio Fábio Pacheco que acreditou no meu trabalho e por último, e não menos importante, para o Prof. Antônio Mauro Alves que desenvolveu este importante trabalho de cunho social, do qual inclusive muitos duvidaram, transformando este consórcio no maior e mais organizado do Brasil.

A partir de hoje farei um diário com todas as atividades desenvolvidas durante o projeto, compartilhando com vocês, meus amigos que sempre acessam este espaço, bem como com os alunos, professores e funcionários, dos quais espero muitos comentários.

Primeiro vou comentar sobre os professores. Apesar do pouco contato até o momento, e de conhecer alguns de longa data, achei uma turma muito interessante, com uma motivação ótima e uma formação melhor ainda. Além disso, tenho que elogiar a atitude inovadora do Prof. Fábio Pacheco, o coordenador da nossa turma, que transformou um curso de Atendimento ao Cliente, num curso básico de Marketing, agregando valor ao serviço prestado a esses alunos.

Os alunos também são muito interessantes, pois são jovens que precisam das orientações que todos nós passaremos durante o período de 10 semanas em que permaneceremos juntos.

Sou responsável pelo módulo de Ponto-de-Venda e Merchandising e também desenvolvi o material do curso de Administração do Tempo, o qual ministrarei somente em uma ocasião.

Hoje, tivemos apenas uma introdução da disciplina e participamos da solenidade de abertura que contou com a presença de algumas autoridades da região, bem como dos administradores do projeto e dirigentes da Universidade de Franca.

Amanhã eu conto como foi o segundo dia.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Bafômetro e Airbag: segurança para a população ou oportunismo?




Desde a semana passada entrou em vigor uma lei que proíbe indivíduos embriagados de dirigir veículos automotivos, e dependendo do grau da embriaguez poderão levar multa ou até serem presos. Finalmente alguma coisa foi feita para frear a imprudência descontrolada que vinha causando muitas mortes, inclusive de pessoas que não tinham bebido uma gota e foram assassinadas ou mutiladas por motoristas alcoolizados.

Eu não bebo. Não por causa de religião ou bom-mocismo, é que o sabor das bebidas não me agrada. De vez em quando eu tomo uma taça de vinho antes das refeições, um vinho doce e mais com gosto de fruta do que de álcool, porque eu não sou sommelier e acho uma frescura aquele negócio de cheirar a rolha, balançar o copo, etc. Deixo isso pra quem gosta e tem grana para comprar uma safra 1918 com bouquet não sei das quantas.

Porém, sempre acompanhei meus amigos na cervejinha, nunca recriminei ninguém por beber, mas já vi amigos quase morrerem por causa da bebida. Beberam além da conta e saíram com seus veículos, batendo em árvores, postes e outros obstáculos que não estavam no seu caminho. Aqui na região de Franca, onde moro, o número de acidentes de jovens que saem das baladas é muito grande e na maioria das festas as quais participo a maioria sai dirigindo seus veículos sem a maior cerimônia, mesmo trançando as pernas. Perdi a conta das vezes em que vi, moças, rapazes, senhores e senhoras, bebendo cerveja em lata enquanto dirigiam, ou seja, abuso total.

Não acho que a lei seja rigorosa, acho que nós brasileiros estamos dando exemplo para o mundo, ao tolerarmos níveis muito abaixo dos exigidos na Europa e nos Estados Unidos. O que me preocupa nesta lei é que sua aplicação, como todas as outras, deverá ficar restrita ao cidadão comum. É o que eu acredito. Só vou acreditar na credibilidade desta lei, quando cantores, artistas, jogadores de futebol e autoridades tiverem o mesmo tratamento, para que não se repitam casos de impunidade como os que aconteceram com os cantores Alexandre Pires, Renner (da dupla Rick e Renner) e com os jogadores Edmundo e Guilherme.

Está tramitando no congresso uma nova lei que transforma o airbag em item obrigatório, devendo ser instalado em todos os carros que saem das montadoras. Mais uma atitude louvável dos nossos parlamentares, porque nos EUA, por exemplo, os acidentes fatais diminuíram 14% após a obrigatoriedade do airbag nos veículos.

A única pergunta que faço é: porque estas medidas demoraram tanto pra acontecer? Não houve ultimamente nenhuma manifestação tão forte da população para que medidas como essa tenham sido tomadas, até porque a galera quer mais é encher a cara pra esquecer dos problemas, como vi algumas garotas declarando outro dia numa entrevista na TV, e os motoristas sempre pensam em comprar rodas, som, aerofólios e nunca pensam no airbag. O que um ano de eleição não faz. O tempo passa e nada muda.

No ano de eleição a merenda escolar melhora, o material escolar aumenta, as leis são aprovadas mais rápido e os políticos ficam mais sorridentes. Porque não foi tomada nenhuma medida pelo trânsito de São Paulo nos últimos anos e somente agora esta lei de proibição aos caminhões é posta em prática do dia pra noite?

Não tenho nada contra estas leis e que elas entrem em vigor antes tarde do que nunca, só fico perguntando por que somente agora. É uma pergunta mesmo e gostaria que você leitor ajudasse a respondê-la. Eleições 2008, tome cuidado com os espertinhos.

Eu venci, eles venceram, nós vencemos.


O CQC – Custe o Que Custar, programa da TV Bandeirantes que vai ao ar todas as segundas-feiras, a partir das 22h00, já está liberado para entrar no congresso. Vamos comemorar com moderação para não sermos pegos pelo bafômetro. Esta proibição absurda vinha sendo mantida há algumas semanas e depois de um abaixo-assinado virtual, divulgado no programa, fez com que o Congresso revertesse esta atitude arbitrária.

A vitória é deles, é minha, é nossa, porque toda vez que a liberdade é defendida todos nós vencemos. Eles são chatos? Sim. Eles são polêmicos? Sim. Eles irritam? Sim. Mas, (pensei que nunca diria isso na vida) senhores políticos, sigam o exemplo de Paulo Maluf, que segundo testemunho do próprio Marcelo Taz, nunca negou uma entrevista a ele. Ele pode ter se esquivado, negado, respondido outra coisa, mas não fugiu, como vem fazendo José Genoíno, Marta Suplicy e outros políticos que por força da profissão, deveriam gostar do debate, da argumentação, de parlamentar.